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27 de março de 2010

A gente tem uma vida...uma vida de babacas.




Comemos, dormimos, saímos. Sempre a mesma coisa se repetindo... Cada dia é a repetição insconsciente do anterior: a gente come uma coisa diferente, dorme melhor, ou pior; vamos a um lugar diferente quando saímos. Mas é igual, sem objetivo, sem interesse. Nós continuamos e nos determinamos objetivos materiais. Poder. Dinheiro. Filhos. A gente perde a cabeça tentando realizá-los. Mas, ou a gente nunca consegue alcançá-los, e fica frustrada para o resto da vida, ou, quando consegue, percebe que não dá a mínima. Depois a gente morre. Mas, quer queira, quer não, a gente sempre fica esperando alguma coisa. A gente tenta se distrair, fazer a farra, a gente procura o amor, acha que o encontrou, e depois vem a queda. De muito alto. É melhor cair do que ficar sempre no chão? A gente tenta brincar com a vida para fingir que a domina. A gente anda rápido demais, andamos à beira do abismo. Isso assusta os nossos pais que vêem seus genes se degenerarem a esse ponto. Tem uns que tentam fazer alguma coisa a respeito, outros desistem. Nos dão tanto para que a gente se foda por aí e tão pouco daquilo que realmente importa. De forma que a gente acaba sem saber realmente o que importa. Os limites se perdem. Nós somos a jeunesse dorée. E a gente não tem o direito de se queixar, porque aparentemente temos de tudo para sermos felizes."




(Hell Paris-75016)




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